domingo, 16 de novembro de 2008

Cartaz


Montagem com pedaços dos desenhos.

Antes


O último desenho da exposição. Ilustração de um conto do livro "O diário dos últimos dias de um suicida".

Carta de despedida


Um dos primeiros textos do livro de Ren é uma carta de despedida. O texto verbal da carta está escrito no desenho de um papel no quadro "Um brinde".

Um brinde


Ilustração da página de dedicatória do livro de Ren. Quarto desenho da terceira parte de "Monocromático".

Despertar



Mais uma ilustração do livro de Ren. O mesmo quarto em cima e em baixo, mas de forma invertida.

Forca


Mais um desenho da terceira parte da exposição. Capa do livro de Ren.
O desespero da personagem, representado pela expressão exagerada, contrasta com com a luz e as flores desenhadas de forma infantil.

O diário


Primeiro desenho da terceira e última parte da exposição, que compõe a coleção "Monocromático", realizada em Mossoró-RN, durante o show de Graciele de Lima e em João Pessoa-PB, na biblioteca central da UFPB, durante evento do PPLP. Estes seis últimos desenhos são ilustrações do seu livro "O diário dos últimos dias de um suicida".

sábado, 15 de novembro de 2008

Fálica


O sexto e último desenho da segunda parte da coleção "Monocromático".

A ponte


Quinto desenho da exposição "Monocromático". Foi inspirado na canção de Graciele de Lima "Nas grades da ponte" e na canção "Amor de retrovisor" de Lobão.
"Nas grades da ponte
O rio está calmo
E eu me debruço
Nas grades da ponte
Choro em seu leito,
Olho seu curso
E tento compreender sua solidão
O rio não anda, corre sem pressa
E sabe que chega, chegará e vai desaguar
O rio não grita mas diz em suas vestes
que a estrada não espera e há sempre quem
Queira ficar
Só um pouco, um pouquinho
a vida se esvai e tudo é
Vaidade!"
"Amor de retrovisor"
Olhava de bobeira pro espelho, meu bem
E sorria
Jorrava tudo, tudo, tudo que eu não sei
Pela pia, pela pia
E logo, logo o ralo se entupiu de mistério
E um calafrio foi subindo pelo ar
E as luzes pulsam alegres pelo ar
E as luzes pulsam alegres a flutuar
E as luzes pulsam alegres pela noite
Li fora tudo calmo
Mas por dentro nem sei
Fiquei vidrado na frente do espelho
E as borboletas voam, voam, voam pela highway
Nem vem ficar me olhando pelo retrovisor
Que mania
É psicológico, mas vê
Vê se alivia
E logo, logo o amor dos dois não passou de um reflexo
E as silhuetas se curtiam na cortina do chuveiro
E os absurdos passam leves pelo ar
E os absurdos passam leves pela noite
Lá fora tudo calmo
Mas por dentro nem sei
Fiquei vidrado na frente do espelho
E as borboletas voam, voam, voam pela highway"

Graciele



Mais um desenho da coleção "Monocromático".
Esta é a grande amiga e, agora, cunhada de Ren. Cantora, compositora, escritora, professora, violonista. Tem sua parte na arte e no público tanto quanto o Sol tem sua parte do girassol.

Carta de baralho


Terceiro desenho feito para a exposição em Limoeiro. Foi inspirado em "A hora da estrela" de Clarice Lispector. A carta de baralho, símbolo de jogos de azar, é aqui uma representação do destino.

Janela com vista para o exílio


Segundo desenho da exposição. Uma janela torcida, mostrando a vista de dentro para fora e de fora para dentro. Inspirado em "Canção do exílio" de Gonçalves dias. No meio da escuridão, no interior da janela, um par de olhos contempla o sonho. Palmeiras, horizonte, mar. Ao seu alcance, apenas o que restou do sabiá. Uma pena!




Canção do exílio





"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.





Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.



Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Consciência

Foram sete desenhos expostos em Limoeiro. Este foi o primeiro que ele fez, inspirado no poema "O morcego" de Augusto dos Anjos.
"O morcego
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..."
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!"

Monocromático


Há alguns meses, fizeram-no a proposta de produzir telas para uma esposição de arte, que faria parte da semana de Letras na Universidade Estadual do Ceará, em Limoeiro do Norte. Resolveu fazer tudo de uma só cor: seis quadros em grafite e mais um que já tinha pronto. Este ao lado da foto, o único que foi feito em 2007, é o retrato de sua esposa. Coloquei a foto original para quem quiser comparar.

Primeira postagem

Este é o espaço dos desenhos de Ren. Espero que gostem.
Sábado, 15 de novembro de 2008. 9h30min.